sábado, 4 de agosto de 2018

Bando di Maria Bunita

São as minhas “meninas do olhos”...

Oriundas de 3 Estados do Nordeste Brasileiro (Ceará, Pernambuco e Bahia) são estudantes dos curso de Mestrado, Doutoramento e Pós-doutoramento em universidades de Lisboa e profissionais bem-sucedidas e atuantes dentro da sua área nos seus Estados de origem.  Gente altamente qualificada (algumas delas premiadas), cada uma delas trás consigo um patrimonio cultural sólido e consistente que se manifesta das mais diversas formas e que despoletou uma série de coisas bonitas em Lisboa.

Da mesma forma que a entrada de mulheres no cangaço amansou os cangaceiros, o sorriso destas meninas  trouxe luz, abriu um leque de possibilidades  e criou laços de amizade que ficarão para sempre. Em mim fez reacender a “nordestinidade” , herança cultural  e genética do meu pai e avós, que ampliou meu universo lúdico e profissional.
Foi por e com elas que foi criado o Bloco carnavalesco “Periquito comendo cereja” (uma alusão a expressão utilizada pelo humorista cearense Renato Aragão no Programa “Os Trapalhões”) que congrega estudantes de vários Estados do Brasil, Portugueses e estrangeiros de todas as nacionalidades. O bloco estreou no Carnaval de 2015, descendo as ladeiras de Lisboa entoando maracatus, marchas e ijexás sob o aplauso dos moradores. Outras “Marias Bunitas”(agora não só do Nordeste mas de outros Estados do Brasil) aderiram a ideia e o bloco continua com ensaios de ritmos e danças regionais do Brasil, conduzidos com competência por Ciranda Ferrari, oriunda do Estado da Bahia, estudante em Lisboa e uma verdadeira enciclopédia de cultura popular .

Joana Angélica, cantora, atriz, pedagoga e estudante do Mestrado importou do Ceará pra Lisboa o Sarau “Pão e poesia”, em que são declamados poemas de diversos autores ao som de música brasileira de raiz, com direito a pão caseiro feita por ela mesmo! O sucesso deste modelo no Ceará justificou em tempos um convite para uma atuação na cidade de Nantes,França e já criou interesse por parte de alguns espaços em Lisboa.

Recentemente, a Maria Edi retornou a Pernambuco  deixando um grande vazio. Dona de um sentido de humor peculiar, ela trouxe para nosso convívio e melhor da cultura centenária de Pernambuco,  suas tradições poéticas, pastoris, frevos e folguedos.

Da mesma forma que um dia Maria Bunita encheu de amor o coração de Lampião,  essas meninas do Brasil são a luz dos meus olhos e me enchem de orgulho! Obrigado Isaurora Martins, Lívia Barreira, Joana Angélica, Bárbara Almeida, Lina Moscoso e Maria Edi.

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Glauco Viana