sábado, 4 de agosto de 2018

Casinha branca

Era sempre visto pintando a sua casa de branco. Enquanto os vizinhos descuravam deste cuidado para correrem atrás de sonhos, ele sempre conseguia um tempo para pintar a sua casa. E assim fazia, com com muito carinho, por pinceladas lentas e precisas, sem ligar se estava alegre ou triste, se as coisas tinham ou não corrido bem, se chovia ou fazia sol. Um dia, um amor estava passando pela sua rua e viu, dentre moradas e lares adiados, uma casa impecavelmente branca, e resolveu entrar sem bater à porta. Entrou, fechou a porta, e ficou morando na casinha branca para sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Glauco Viana