Luzes. Aplausos. Fantasia. Vontade de viver inúmeras vidas,
experimentar várias emoções. Morrer e renascer. Teatro. T-E-A-T-R-O. Surgiu
antes de o homem pensar num palco.
Vivemos representando no dia-a-dia. E alguns são eles mesmos
no palco. Mas o teatro é fugaz e as máscaras caem. Representarmos para esquecer
a mediocridade da vida ou representamos essa própria mediocridade?
Rimos de nós mesmos ou dos outros?
Teatro é entretenimento ou entendimento de vida?
Cenas domésticas transformam-se em autênticas cenas Nelson
Rodrigueanas.
O ser humano é multifacetado e os atores vivem a hipótese da
vida de cada um. Mas a única coisa indispensável no teatro é o ator, dizia
Eugênio Kusnet.
Representar sem regras, sem texto, o próprio ofício, sem
teatro, sem limites. Ensaiar mais do que apresentar. Merda – e não agradeça.
O espetáculo sem espectador é sofrido, mas digno.
O teatro é insólito, o teatro é uma farsa. O teatro é
memória. O teatro é necessário?
Sem vida não há teatro. E sem teatro não há vida.
Anna Fortuna
https://guitarfortuna3.wixsite.com/annafortuna
Anna Fortuna
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